segunda-feira, 25 de abril de 2011

Raindrops



E finalmente saímos daquela casa, os dois meio alterados, nos agarramos no elevador. Você me testou o tempo todo, e eu te provoquei de volta. Quando saímos, foi como se o mundo fosse só nosso, só nós dois estávamos ali, e mais ninguém. Ríamos de quem estava naquela casa, e ríamos das mentiras que contamos para que pudessemos sair mais cedo, por um motivo que eu sabia, você sabia, mas não admitíamos isso alto. Mentimos para que aqueles momentos fossem só nossos, só nós soubéssemos, quem sabe depois eu ou você contassemos pra alguém, mas apenas depois. Enquanto aquilo estivesse acontecendo, aquele momento nosso, guardamos só pra nós dois.
Corremos pela rua conhecida, que já havíamos caminhados em outras situações, apenas conversando, na forte chuva que caía na noite. Eu corri atrás de você, que sempre correu mais rápido, pedindo pra você me esperar. Você me esperou e logo que o alcancei você correu pro meio da rua, ainda pegando chuva. Chamei você de louco e te chamei de volta, mas você insistiu que não tinha problema, e que a rua era sua, mas que dividiria ela comigo, apenas comigo.
"Essa metade aí é sua e essa é minha"
"Mas assim ficamos separados!"
"Só ficar no meio."
E você me abraçou e me beijou, no meio daquela rua, na noite chuvosa, até que os carros estivesses perigosamente próximos e tivemos que correr de volta para a calçada. Eu te chamei de idiota e lerdo, e você me abraçou com força.
"Não se mexe." E eu não me mexi.
Não consigo me lembrar se chorei ou não, mas se não chorei sonhei com isso mais tarde. Você me abraçou por um longo tempo e depois me beijou de novo, e saiu correndo na minha frente porque tinhamos que voltar pra casa. Pra minha casa, e pra variar já estavam loucos atrás de mim. Corremos de novo na chuva, e ela havia aumentado. Reclamei, pra variar, que iria ficar doente por sua culpa, e sabe que eu fiquei? Mas a culpa não foi sua, eu garanto. Em parte, apenas.
Entramos e casa, rindo ainda, enxarcados, e subimos pro meu quarto, aonde permanecemos até as duas da tarde do outro dia.

domingo, 3 de abril de 2011

Weekend.

Levantar as três da tarde, arrumar a casa, receber ligações, recusar convites, sentar na poltrona. E permanecer nela até cansar e resolver ir dormir...