Mãe e pai sentados na cama, ao lado de seu lindo casal de filhos, o menino mais velho e a menina, a mais nova, pedem novamente para que eles contem como eles perderam seus dedos. Os pais se olham, e a mãe começa a narrar novamente aquela linda história de amor:
"Enquanto trabalhávamos juntos no nosso laboratório improvisado, no Laboratório de Substâncias Pecaminosas, no Instituto do Reino, descobrimos uma linda substância, que brilhava como o pôr-do-sol verde, laranja, amarelo e cor-de-rosa. Até mesmo os recipientes ficaram cor-de-rosa quando a luz da substância batia, e ficamos maravilhados. Mas a mamãe, desastrada como sempre foi, bateu no recipiente em que o liquido estáva, e este derramou-se sobre o lindo granito, e papai, tentando consertar o grande e previsível erro da mamãe, tentou impedir que tudo fosse derramado, mas era tarde, e nós dois terminamos por manchar os dedos com o liquido-por-do-sol. Não nos importamos, pois aquela coisa tão bonita não deveria nos fazer mal. Mas nos enganamos, e depois de alguns dias, percebemos que iríamos perder nossos dedos - o que, no final, acabou acontecendo. Mas mesmo assim, nos casamos para termos lindos filhos como vocês, e lembrá-los de que nem sempre as coisas mais belas são as mais inofensivas, e temos que olhar além da beleza das coisas e desvendá-las antes de confiar nelas completamente."
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Como eu estou com uma preguiça que não é de Deus pra escrever isso com aquela linguagem rebuscada do Séc. XV, pro Willian entender meu ponto, então vai assim mesmo. Mas é uma linda história de amor, apesar de tudo, daquele lindo dia em que manchamos nossos dedos com Eosina amarelada e os perdemos. Tem que ter a moral da história no final, porque se não fica mesmo sem sentido pros pais contarem pros filhos. Mas continua sendo uma linda história de amor. Ah, no séc. XV porque se for pensar com uma mente de séx. XXI é besteira ser uma linda história de amor, mas sim num processo pra idiota que derrubou o liquido no "lindo granito que ficou realmente cor de rosa". Mas essas coisas acontecem, convenhamos, com todo mundo