sexta-feira, 20 de maio de 2011

A letter to a stranger

Não tenho mais o que falar, não tenho mais o que argumentar, não tenho mais o que perguntar, não tenho mais o que fazer por você ou por mim. Só posso dizer que espero sempre que nada estrague o que temos, porque é especial. Muito especial para mim. Às vezes sinto-me frustrada, mas pode ser normal, coisas de adolescente, coisas de boba apaixonada, coisas de garotas idiotas. Porque garotas tem alguns direitos, sabe. De serem idiotas, sentimentais. Se preocupar com coisas que não precisam, coisas idiotas.
Me deixa.
Deixa eu me preocupar com essas coisas, eu preciso. Suas brincadeiras idiotas, que eu digo serem irritantes, alegram um pouco meus dias. Tem um momento especial em que você faz falta, sabia? Egoismo meu, idiota, porque me sinto sozinha, mas fazer o que... todos somos egoistas, não podemos negar isso, e nem pensar nos outros o tempo todo.
Acho que estou sentimental demais para escrever qualquer coisa, acho que estou meio saturada dessa semana que finalmente está terminando. Só queria que você me escutasse, que você soubesse. Eu disse que não queria saber sua opinião, mas tudo o que eu quero é saber o que você achou. Contraditório. Só tenho medo de saber o que você pensa, realmente. Sempre que converso com você dessa maneira acabo me sentindo mal por alguns dias. A verdade nua e crua dói, sabia? Mas eu tenho que ouvir, uma hora ou outra. Talvez seja melhor, talvez seja pior. Talvez eu finalmente consiga entender o que eu estou sentindo, e o que tenho que fazer quanto a isso. Porque eu não tenho a mínima ideia. Nem uma pista daquilo que tenho que fazer. E é frustrante. Mais que frustrante, é decepcionante. Geralmente sei o que fazer, e faço rápido sem pensar muito nas consequências, e isso é bom. Pra mim, pelo menos. Sofro menos, e não fico remoendo as coisas. Dificilmente me arrependo de alguma coisa.
Já estou escrevendo mais para mim do que para você, e na verdade nem sei se você vai acabar, algum dia, lendo isso. Essa é a segunda coisa que eu escrevo pra você. A primeira você já leu, eu acho. Pelo menos falou que leu.
Acabou. Falei o que estava me incomodando, e vagando pela minha mente durante alguns dias. Mas isso tudo é uma carta para um estranho, uma carta que nunca vou entregar.

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